quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tô gostando do Serra

Agora ele praticamente prometeu uma guerra com a Bolívia. Sim, porque Serra disse que 90% da cocaína vendida no Brasil vem da Bolívia, logo o governo boliviano é cúmplice. Ataquemo-los!
1. Imaginemos o cenário: 100% da cocaína consumida nos EUA vem do México, logo, o governo mexicano é cúmplice! Imaginem que interessante os desdobramentos do raciocínio Serrista, poderíamos ter uma guerra na América do Norte. Muito interessante.
2. Por outro lado, se o governo boliviano não concorda (ou mexicano), estes poderiam dizer que uma grande parte dos crimes nestes países é financiado pelo Brasil (Estados Unidos) e poderiam entrar na corte de Haia porque estes países negligenciam estes financiadores (consumidores de drogas) do crime organizado. Brilhante!
Enfim, acho que Serra é velho e brilhante, ele tem que queimar etapas. Serra para secretário geral da ONU!

sábado, 22 de maio de 2010

Detroit

Recentemente, uma série de reportagens na NPR sobre a desindustrialização de Detroit. A cidade está encolhendo a um ritmo assustador. Chegou a ter 2 milhões - hoje são 800 mil. Há bairros em que 80% das casas vazias. Isto se tornou um problema, e a estrutura atual é cara demais para os restantes pagarem. Assim, lá estão discutindo como diminuir a cidade. Como concentrá-la.
Ainda não se sabe como fazer isto. E a cidade vai mudando. A economia ligada a hispânicos, especialmente alimentação, está crescendo, apesar do quadro geral de desolação.

Pesquisas

Bem, a curva do Data Folha virou um dragão chinês. Agora, o curioso é o percentual atribuído a Marina Silva, significativamente maior que o relatado em outras pesquisas.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Do Sul21, comparando os candidatos


Saúde
No que se refere à saúde pública, o ex-governador de São Paulo defendeu a regulamentação da Emenda 29 – que estabelece percentuais mínimos para serem investidos anualmente na área da saúde pela União, por estados e municípios. “Criar uma nova contribuição, isso tem que se examinado no contexto de uma reforma tributária”, ressaltou Serra. Quando questionado pelos jornalistas se, caso eleito, retornaria com a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira)para a saúde pública, ele não respondeu objetivamente.
A exemplo de Serra, a pré-candidata pelo PV, Marina Silva, defendeu que a possível discussão sobre um novo imposto a ser destinado para a Saúde seja feita através da Reforma Tributária. “Não estamos mais no período de fazer puxadinhos tributários”, ressaltou. Segundo ela, os políticos têm de assumir o compromisso de convocar uma nova Assembléia Constituinte para debater todas as reformas pendentes.“Se fosse fácil o sociólogo (FHC) teria feito a reforma política e o operário (Lula) a reforma trabalhista”.
Já a pré-candidata pelo PT, Dilma Rousseff, disse que não faria a “demagogia” de ser contra a criação de um novo imposto para a saúde. E assumiu o compromisso de defender a Emenda Constitucional 29, que vincula 10% das receitas da União a gastos com Saúde. Dilma também chamou a atenção dos estados que, em sua opinião, nem sempre investem 12% obrigatórios com a saúde.  
Educação
Como prioridade de seu governo, caso seja eleita, Dilma prometeu a criação de seis mil creches em todo o país, por meio do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento). Para ela, essa é a melhor forma de diminuir as desigualdades do país. “Sobretudo porque as crianças, quando têm acesso a condições pedagógicas, à higiene, à alimentação, elas chegam ao primeiro ano em condições muito melhores. Se queremos um país desenvolvido, temos que fazer creches. E priorizar a qualidade”, defendeu.
Marina concordou. “É fundamental que a gente possa ter ação compartilhada buscando saídas inovadoras para questão. É possível fazer creches comunitárias”, disse. Ele sugeriu também um Sistema Único para a Educação, “para atender o aluno desde a educação infantil até a universidade”.
Na contramão, depois de sugerir a criação de um Ministério da Segurança, Serra sugeriu a criação de uma espécie de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as áreas da saúde e segurança publica. Segundo o pré-candidato, a saúde “desacelerou” durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Precisamos ter uma espécie de Programa de Aceleração da Saúde, o PAS, como também temos que ter Programa de Aceleração da Segurança. Se quiser juntar os dois, seria o PASS. Programa de Aceleração da Saúde e da Segurança”.
Bolsa-Família
Por vários momentos, Dilma recorreu ao Programa Bolsa Família para dizer que os municípios foram beneficiados durante todo governo de Lula. “O Bolsa Família provou que não se podia esperar o bolo crescer para fazer a distribuição da renda”, disse a pré-candidata.
O ex-governador de São Paulo disse aos prefeitos que não vai acabar com o programa Bolsa-Família, inovação exitosa do governo Lula para atender famílias de baixa-renda. Porém, ficou irritado quando questionado pelos jornalistas sobre essa possibilidade e disparou: “por que está me perguntando isso? Quero saber tua fonte! Eu nunca disse isso!”
Máquina Pública
A pré-candidata do PT foi enfática ao conversar com os prefeitos e dizer que eles são parte estratégica no processo de desenvolvimento do país. Ela avisou que se for eleita fará um governo municipalista.
“Sempre consideramos os prefeitos parceiros estratégicos. Os prefeitos foram estratégicos para que conseguíssemos fazer uma distribuição de renda no Brasil. Faremos um governo municipalista porque já o fazemos. Respeitamos os prefeitos como representantes legítimos do povo brasileiro”, ressaltou a ex-ministra da Casa Civil.
Serra defendeu uma relação produtiva e respeitosa com os gestores municipais, afirmando que vai respeitar a autonomia os municípios.
O pré-candidato tucano criticou a suposta predominância de indicações políticas no atual governo para órgãos públicos. Segundo ele, a máquina governamental está sendo “leiloada” entre partidos políticos. 

Resumo geral

  1. Entra normal, enche na ponta, avança a manga, enche o meio, puxa até sentir algo, para tudo. Esvazia a ponta, avança, esvazia o meio, avança a manga, enche novamente o meio e puxa tudo. Repetir a operação umas 50 vezes. 
  2. Dúvida: por que os italianos argentinos são tão argentinos e os brasileiros são tão italianos?

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Hinos

Como sempre a torcida gremista cantou o hino gaúcho na hora do hino brasileiro em Santos. Como faz geralmente fora de casa. Não sei se os macacos fazem o mesmo, devem fazer. Também não interessa. Acho isto o cúmulo da covardia. Pois estas pessoas que acham que o RS é o seu país, elas que se organizem e criem um partido separatista, busquem seu ideal, façam algo. Mas não fazem nada. Não porque não queiram, mas porque são covardes. Ou melhor, um bando de crianças mimadas.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pois é...

Este acordo do Brasil, Turquia e Irã é algo histórico. Bem, a participação na Turquia é a garantia da presença da OTAN no processo. O Irã não queria dar o braço a torcer para os EUA.
Mas, além disto, confirma a ascenção dos turcos. Recentemente li um analista que prevê a Turquia projetará seu poder sobre o mundo islâmico nos próximos anos, alcançando novamente a liderança dele. Imagine-se o risco disto para a Rússia, que alberga uma parte descontente dos islâmicos. Este acordo carrega riscos geopolíticos à Rússia.
O Brasil, participando desta articulação, demonstra que possui uma política externa inteligente e nada ingênua. Ao contrário do que pensa a imprensa brasileira, que persiste com seus preconceitos paroquiais.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Agora, o que penso sobre a nota

Muito importante a nota porque delimita campos.
1. Primeiro a oposição faz uma confusão de idéias, passando a idéia que o "decreto do terceiro PNDH" foi algo que mudou algo no ordenamento jurídico do país. Bem, o tal decreto é um plano, um norte, que saiu de uma conferência de direitos humanos. Uma bússula. Se alguém é contra, não siga. Vote contra proposições assim no congresso, participem da próxima conferência para disputar o ponto de vista, acabem com esta conferência no congresso. Enfim, qualquer coisa assim, menos este diz-que-diz-que vergonhoso.
2. Indo para as idéias. Proibir símbolos religiosos em local público não é restrição à liberdade religiosa. Pelo contrário, como garantir lugar me lugares públicos a objetos de adoração privados - sim, privados, pois o Estado é laico. Outra coisa, se um funcionário satanista resolver botar um diabinho na porta da repartição, os ditos defensores da liberdade religiosa vão defender o "direito"dele de fazer isto? Claro que não. 
3. A tal banalização do aborto é o reconhecimento que aborto mal feito e sem assistência é uma das maiores causas de morte de mulheres em idade fértil. Enfim, não há nada de banalização. O PNDH3 aponta para o país a necessidade de uma legislação similar a da maior parte da Europa e dos Estados Unidos, apenas aponta. Não decidiu, infelizmente. Os oponentes defendem o mercado negro do aborto, seja como cliente ou como dono. Enfim, defendem o crime.
4. Ninguém é a favor ou contra o aborto. Mas eu, particularmente, não quero que o Congresso legisle sobre minha vida em família, como quer a oposição. Não quero que ele decida isto, como é hoje. Eu quero que o Congresso deixe as decisões para a minha família, a família do meu vizinho (sobre a família dele), e por aí vai. Eu penso isto porque eu não sou totalitário.5. Quanto às questões referentes a propriedade privada, sou a favor de que se cumpra a lei. Que não haja ocupações, que os grileiros - atuais e passados -  sejam presos, que os devedores do campo paguem o Banco do Brasil e as anistias sejam revistas. Enfim, que se cumpra a lei, sempre. Por exemplo, quem plantou soja transgênica na época que era proibida, deve ser multado. Quem não pagou royalties a Monsanto, deve ser condenado. E que sejam usadas para reforma agrárias as terras que forem tomadas pelo Estado ou pelos bancos, devidamente indenisados pelo Estado.

Esta semana Serra declarou que é de esquerda. Bem, ele não representa a sua coligação, porque a nota demotucana é digna da direita religiosa. enfim, o que há de pior na política.

A nota da oposicao sobre o plano nacional de direitos humanos

NOTA DO DEM-PSDB ACERCA DO DECRETO 7.037/2009, O PLANO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 3.

1. O cerceamento da liberdade de pensamento e expressão pelo Estado compromete e condena a versão particularíssima de direitos humanos que o governo federal impingiu à Nação por meio do Decreto 7.037, de 21.12.2009.

O Decreto, não obstante o compromisso explícito do ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, de revê-lo e abri-lo à discussão com o Congresso Nacional, está em pleno vigor, mantendo ambiente de receio e espanto na sociedade brasileira.

2. Nesse decreto, em nome de uma causa nobre – os direitos humanos -, constam decisões que a negam, invertem e agridem, tais como, entre muitas outras:

  • Restrições à liberdade religiosa (proibição de uso de seus símbolos em locais públicos);
  • Restrições à liberdade de imprensa e à produção cultural;
  • Quebra do monopólio do Judiciário para a resolução de conflitos (cláusula pétrea constitucional)
  • Estímulo às invasões de terras e afronta ao direito de propriedade
  • Banalização do aborto, tema cujo âmbito de discussão e decisão é o Congresso Nacional.

3. Repudiamos a tentativa de estabelecer, em nome dos direitos humanos – que devem pairar acima de ideologias e partidarismos -, um regime de restrições incompatível com o Estado democrático de Direito e as aspirações da sociedade brasileira.

4. Os partidos que assinam esta nota se comprometem a lutar contra esse decreto, pela dignidade e pelos direitos humanos de todos em nosso país, não importa o credo político ou religioso, tendo sempre em mente que:

  • é dever do Estado brasileiro proporcionar a todos oportunidades de emprego e renda, garantir acesso à moradia, saúde, educação, segurança e promover a superação da pobreza;
  • o desenvolvimento econômico e social do país pode e deve ser buscado por caminhos de liberdade e respeito efetivo aos direitos humanos e civis;
  • o Congresso Nacional, com ampla consulta à sociedade, é o foro adequado para o debate de temas éticos envolvendo a vida em família e o direito à vida;
  • a busca de realização dos verdadeiros direitos humanos não se coaduna com a imposição de modelos de Estado ou civilização fabricados em núcleos de militantes e em laboratórios intelectuais, por mais prestigiados que sejam;
  • será com a participação de todos que iremos realizar o sonho de uma grande Pátria com liberdade, deveres e direitos equânimes garantidos a todos.

5. Por sua abrangência e pretensa transversalidade, o referido Decreto equivale a uma mini-constituinte. Se outro mérito não tem, revela a verdadeira face ideológica de um governo que faz profissão de fé democrática, mas que, em conferências com sua militância (que pretende substituir a sociedade civil), conspira pelo obscurantismo.