sábado, 5 de junho de 2010

Dilma

Quem critica Dilma como terrorista, o que falar de Gabeira, que sequestrou? Serra fez parte de um grupo terrorista, a AP. Seu vice em SP também. E eles estavam certos - Serra, Dilma, Gabeira e o Goldman, porque na época era mandatório se lutar contra a ditadura. E os ditadores sanguinários não permitiam que as pessoas se reunissem para estudar a melhor estratégia.

Vide a Sexta-feira sangrenta. Vide o secundarista.

Quem critica Dilma como terrorista está tomando posição ao lados dos assassinos que governaram o país naquela época. Assassinos e terroristas, que se amotinaram contra o comandante supremo do exército (o presidente), ameaçaram derrubar seu avião, o assassinaram no exílio, e foram cúmplices dos regimes sanguinários da Argentina e Chile na caça de democratas.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tô gostando do Serra

Agora ele praticamente prometeu uma guerra com a Bolívia. Sim, porque Serra disse que 90% da cocaína vendida no Brasil vem da Bolívia, logo o governo boliviano é cúmplice. Ataquemo-los!
1. Imaginemos o cenário: 100% da cocaína consumida nos EUA vem do México, logo, o governo mexicano é cúmplice! Imaginem que interessante os desdobramentos do raciocínio Serrista, poderíamos ter uma guerra na América do Norte. Muito interessante.
2. Por outro lado, se o governo boliviano não concorda (ou mexicano), estes poderiam dizer que uma grande parte dos crimes nestes países é financiado pelo Brasil (Estados Unidos) e poderiam entrar na corte de Haia porque estes países negligenciam estes financiadores (consumidores de drogas) do crime organizado. Brilhante!
Enfim, acho que Serra é velho e brilhante, ele tem que queimar etapas. Serra para secretário geral da ONU!

sábado, 22 de maio de 2010

Detroit

Recentemente, uma série de reportagens na NPR sobre a desindustrialização de Detroit. A cidade está encolhendo a um ritmo assustador. Chegou a ter 2 milhões - hoje são 800 mil. Há bairros em que 80% das casas vazias. Isto se tornou um problema, e a estrutura atual é cara demais para os restantes pagarem. Assim, lá estão discutindo como diminuir a cidade. Como concentrá-la.
Ainda não se sabe como fazer isto. E a cidade vai mudando. A economia ligada a hispânicos, especialmente alimentação, está crescendo, apesar do quadro geral de desolação.

Pesquisas

Bem, a curva do Data Folha virou um dragão chinês. Agora, o curioso é o percentual atribuído a Marina Silva, significativamente maior que o relatado em outras pesquisas.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Do Sul21, comparando os candidatos


Saúde
No que se refere à saúde pública, o ex-governador de São Paulo defendeu a regulamentação da Emenda 29 – que estabelece percentuais mínimos para serem investidos anualmente na área da saúde pela União, por estados e municípios. “Criar uma nova contribuição, isso tem que se examinado no contexto de uma reforma tributária”, ressaltou Serra. Quando questionado pelos jornalistas se, caso eleito, retornaria com a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira)para a saúde pública, ele não respondeu objetivamente.
A exemplo de Serra, a pré-candidata pelo PV, Marina Silva, defendeu que a possível discussão sobre um novo imposto a ser destinado para a Saúde seja feita através da Reforma Tributária. “Não estamos mais no período de fazer puxadinhos tributários”, ressaltou. Segundo ela, os políticos têm de assumir o compromisso de convocar uma nova Assembléia Constituinte para debater todas as reformas pendentes.“Se fosse fácil o sociólogo (FHC) teria feito a reforma política e o operário (Lula) a reforma trabalhista”.
Já a pré-candidata pelo PT, Dilma Rousseff, disse que não faria a “demagogia” de ser contra a criação de um novo imposto para a saúde. E assumiu o compromisso de defender a Emenda Constitucional 29, que vincula 10% das receitas da União a gastos com Saúde. Dilma também chamou a atenção dos estados que, em sua opinião, nem sempre investem 12% obrigatórios com a saúde.  
Educação
Como prioridade de seu governo, caso seja eleita, Dilma prometeu a criação de seis mil creches em todo o país, por meio do PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento). Para ela, essa é a melhor forma de diminuir as desigualdades do país. “Sobretudo porque as crianças, quando têm acesso a condições pedagógicas, à higiene, à alimentação, elas chegam ao primeiro ano em condições muito melhores. Se queremos um país desenvolvido, temos que fazer creches. E priorizar a qualidade”, defendeu.
Marina concordou. “É fundamental que a gente possa ter ação compartilhada buscando saídas inovadoras para questão. É possível fazer creches comunitárias”, disse. Ele sugeriu também um Sistema Único para a Educação, “para atender o aluno desde a educação infantil até a universidade”.
Na contramão, depois de sugerir a criação de um Ministério da Segurança, Serra sugeriu a criação de uma espécie de Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as áreas da saúde e segurança publica. Segundo o pré-candidato, a saúde “desacelerou” durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Precisamos ter uma espécie de Programa de Aceleração da Saúde, o PAS, como também temos que ter Programa de Aceleração da Segurança. Se quiser juntar os dois, seria o PASS. Programa de Aceleração da Saúde e da Segurança”.
Bolsa-Família
Por vários momentos, Dilma recorreu ao Programa Bolsa Família para dizer que os municípios foram beneficiados durante todo governo de Lula. “O Bolsa Família provou que não se podia esperar o bolo crescer para fazer a distribuição da renda”, disse a pré-candidata.
O ex-governador de São Paulo disse aos prefeitos que não vai acabar com o programa Bolsa-Família, inovação exitosa do governo Lula para atender famílias de baixa-renda. Porém, ficou irritado quando questionado pelos jornalistas sobre essa possibilidade e disparou: “por que está me perguntando isso? Quero saber tua fonte! Eu nunca disse isso!”
Máquina Pública
A pré-candidata do PT foi enfática ao conversar com os prefeitos e dizer que eles são parte estratégica no processo de desenvolvimento do país. Ela avisou que se for eleita fará um governo municipalista.
“Sempre consideramos os prefeitos parceiros estratégicos. Os prefeitos foram estratégicos para que conseguíssemos fazer uma distribuição de renda no Brasil. Faremos um governo municipalista porque já o fazemos. Respeitamos os prefeitos como representantes legítimos do povo brasileiro”, ressaltou a ex-ministra da Casa Civil.
Serra defendeu uma relação produtiva e respeitosa com os gestores municipais, afirmando que vai respeitar a autonomia os municípios.
O pré-candidato tucano criticou a suposta predominância de indicações políticas no atual governo para órgãos públicos. Segundo ele, a máquina governamental está sendo “leiloada” entre partidos políticos. 

Resumo geral

  1. Entra normal, enche na ponta, avança a manga, enche o meio, puxa até sentir algo, para tudo. Esvazia a ponta, avança, esvazia o meio, avança a manga, enche novamente o meio e puxa tudo. Repetir a operação umas 50 vezes. 
  2. Dúvida: por que os italianos argentinos são tão argentinos e os brasileiros são tão italianos?

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Hinos

Como sempre a torcida gremista cantou o hino gaúcho na hora do hino brasileiro em Santos. Como faz geralmente fora de casa. Não sei se os macacos fazem o mesmo, devem fazer. Também não interessa. Acho isto o cúmulo da covardia. Pois estas pessoas que acham que o RS é o seu país, elas que se organizem e criem um partido separatista, busquem seu ideal, façam algo. Mas não fazem nada. Não porque não queiram, mas porque são covardes. Ou melhor, um bando de crianças mimadas.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pois é...

Este acordo do Brasil, Turquia e Irã é algo histórico. Bem, a participação na Turquia é a garantia da presença da OTAN no processo. O Irã não queria dar o braço a torcer para os EUA.
Mas, além disto, confirma a ascenção dos turcos. Recentemente li um analista que prevê a Turquia projetará seu poder sobre o mundo islâmico nos próximos anos, alcançando novamente a liderança dele. Imagine-se o risco disto para a Rússia, que alberga uma parte descontente dos islâmicos. Este acordo carrega riscos geopolíticos à Rússia.
O Brasil, participando desta articulação, demonstra que possui uma política externa inteligente e nada ingênua. Ao contrário do que pensa a imprensa brasileira, que persiste com seus preconceitos paroquiais.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Agora, o que penso sobre a nota

Muito importante a nota porque delimita campos.
1. Primeiro a oposição faz uma confusão de idéias, passando a idéia que o "decreto do terceiro PNDH" foi algo que mudou algo no ordenamento jurídico do país. Bem, o tal decreto é um plano, um norte, que saiu de uma conferência de direitos humanos. Uma bússula. Se alguém é contra, não siga. Vote contra proposições assim no congresso, participem da próxima conferência para disputar o ponto de vista, acabem com esta conferência no congresso. Enfim, qualquer coisa assim, menos este diz-que-diz-que vergonhoso.
2. Indo para as idéias. Proibir símbolos religiosos em local público não é restrição à liberdade religiosa. Pelo contrário, como garantir lugar me lugares públicos a objetos de adoração privados - sim, privados, pois o Estado é laico. Outra coisa, se um funcionário satanista resolver botar um diabinho na porta da repartição, os ditos defensores da liberdade religiosa vão defender o "direito"dele de fazer isto? Claro que não. 
3. A tal banalização do aborto é o reconhecimento que aborto mal feito e sem assistência é uma das maiores causas de morte de mulheres em idade fértil. Enfim, não há nada de banalização. O PNDH3 aponta para o país a necessidade de uma legislação similar a da maior parte da Europa e dos Estados Unidos, apenas aponta. Não decidiu, infelizmente. Os oponentes defendem o mercado negro do aborto, seja como cliente ou como dono. Enfim, defendem o crime.
4. Ninguém é a favor ou contra o aborto. Mas eu, particularmente, não quero que o Congresso legisle sobre minha vida em família, como quer a oposição. Não quero que ele decida isto, como é hoje. Eu quero que o Congresso deixe as decisões para a minha família, a família do meu vizinho (sobre a família dele), e por aí vai. Eu penso isto porque eu não sou totalitário.5. Quanto às questões referentes a propriedade privada, sou a favor de que se cumpra a lei. Que não haja ocupações, que os grileiros - atuais e passados -  sejam presos, que os devedores do campo paguem o Banco do Brasil e as anistias sejam revistas. Enfim, que se cumpra a lei, sempre. Por exemplo, quem plantou soja transgênica na época que era proibida, deve ser multado. Quem não pagou royalties a Monsanto, deve ser condenado. E que sejam usadas para reforma agrárias as terras que forem tomadas pelo Estado ou pelos bancos, devidamente indenisados pelo Estado.

Esta semana Serra declarou que é de esquerda. Bem, ele não representa a sua coligação, porque a nota demotucana é digna da direita religiosa. enfim, o que há de pior na política.

A nota da oposicao sobre o plano nacional de direitos humanos

NOTA DO DEM-PSDB ACERCA DO DECRETO 7.037/2009, O PLANO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS 3.

1. O cerceamento da liberdade de pensamento e expressão pelo Estado compromete e condena a versão particularíssima de direitos humanos que o governo federal impingiu à Nação por meio do Decreto 7.037, de 21.12.2009.

O Decreto, não obstante o compromisso explícito do ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, de revê-lo e abri-lo à discussão com o Congresso Nacional, está em pleno vigor, mantendo ambiente de receio e espanto na sociedade brasileira.

2. Nesse decreto, em nome de uma causa nobre – os direitos humanos -, constam decisões que a negam, invertem e agridem, tais como, entre muitas outras:

  • Restrições à liberdade religiosa (proibição de uso de seus símbolos em locais públicos);
  • Restrições à liberdade de imprensa e à produção cultural;
  • Quebra do monopólio do Judiciário para a resolução de conflitos (cláusula pétrea constitucional)
  • Estímulo às invasões de terras e afronta ao direito de propriedade
  • Banalização do aborto, tema cujo âmbito de discussão e decisão é o Congresso Nacional.

3. Repudiamos a tentativa de estabelecer, em nome dos direitos humanos – que devem pairar acima de ideologias e partidarismos -, um regime de restrições incompatível com o Estado democrático de Direito e as aspirações da sociedade brasileira.

4. Os partidos que assinam esta nota se comprometem a lutar contra esse decreto, pela dignidade e pelos direitos humanos de todos em nosso país, não importa o credo político ou religioso, tendo sempre em mente que:

  • é dever do Estado brasileiro proporcionar a todos oportunidades de emprego e renda, garantir acesso à moradia, saúde, educação, segurança e promover a superação da pobreza;
  • o desenvolvimento econômico e social do país pode e deve ser buscado por caminhos de liberdade e respeito efetivo aos direitos humanos e civis;
  • o Congresso Nacional, com ampla consulta à sociedade, é o foro adequado para o debate de temas éticos envolvendo a vida em família e o direito à vida;
  • a busca de realização dos verdadeiros direitos humanos não se coaduna com a imposição de modelos de Estado ou civilização fabricados em núcleos de militantes e em laboratórios intelectuais, por mais prestigiados que sejam;
  • será com a participação de todos que iremos realizar o sonho de uma grande Pátria com liberdade, deveres e direitos equânimes garantidos a todos.

5. Por sua abrangência e pretensa transversalidade, o referido Decreto equivale a uma mini-constituinte. Se outro mérito não tem, revela a verdadeira face ideológica de um governo que faz profissão de fé democrática, mas que, em conferências com sua militância (que pretende substituir a sociedade civil), conspira pelo obscurantismo.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lula, personagem mais influente

Claro que o valor do ranking anual da revista Times é muito limitado, mas neste debate pré-eleitoral entre vermelhos e azuis, está se perdendo o real valor do acontecimento. Lula não foi a figura do ano, ou algo assim. Lula está entre os mais influentes no mundo, ou seja, o prêmio enfatiza o relevo da atual política externa brasileira, que com seus acertos e erros, é um Himalaia se comparada com a do governo anterior. O Brasil de Lula vem tendo uma atitude pro-ativa nos diversos foros internacionais, e está consolidando uma personalidade própria, com ênfase na mediação entre a potência central e o mundo periférico. O Brasil é o BRIC interlocutor, possivelmente mais que a China.
Enfim, saudamos o sinal e esperamos que a trajetória da política externa, em linhas gerais, se mantenha, independente do vencedor em outubro.

domingo, 25 de abril de 2010

Desafios de cortar produtos de origem animal

Mesmo em um país desenvolvido é uma tarefa difícil. Quando se sai para um restaurante com alguém que não tenha esta dieta, fica difícil. Muitos restaurantes tem alternativas vegetarianas mas com produtos lácteos. Às vezes com ovo. Apenas grandes supermercados em áreas afluentes tem produtos vegan. A pessoa temm que se virar. E divulgar, que sofrimento trás sofrimento, violência trás violência. Que a expansão desenfreada dos rebanhos é ruim para todos.

sábado, 24 de abril de 2010

O dilema de Ciro

A tendência é que o PSB barre a candidatura Ciro, e isto é muito ruim para o quadro eleitoral. Restarão Marina, Serra e Dilma. Marina ficará isolada, então teremos o famoso plebiscito. Apesar dos inegáveis avanços do governo Lula, um passo adiante em relação ao governo anterior, o PT hoje é o partido da burocracia sindical, um parasita bem-intencionado, mas um parasita. E Serra é o retrocesso. Enfim, péssimas escolhas.

Bird vê 'avanços dramáticos' em redução da pobreza


link: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/04/100420_pobreza_bird_brasil_ac_np.shtml

"A desigualdade permanece entre as mais altas do mundo, mas os avanços recentes mostram que nem sempre o desenvolvimento precisa vir acompanhado de desigualdade", diz o texto sobre o Brasil.
Segundo os indicadores do Bird, a taxa de pobreza do Brasil caiu de 41% no início da década de 90 para entre 33% e 34% em 1995. Depois de se manter nesse nível até 2003, a taxa de pobreza apresentou declínio constante, caindo para 25,6% em 2006.
O documento diz que as taxas de pobreza extrema seguiram padrão semelhante, caindo de 14,5% em 2003 para 9,1% em 2006.
"A redução do número de pessoas vivendo na pobreza foi acompanhada por um declínio na desigualdade de renda", diz o relatório.
 
Nota: menos pobres, mais consumo, mais escala, mais riqueza para todos (classe média principalmente) - O que mais gosto qdo vou a países desenvolvidos e ver pessoas pobres em restaurantes, em lojas, etc. Chegaremos lá - se não voltarmos a políticas pré-2003

quinta-feira, 15 de abril de 2010

L F Verissimo hoje

Um estudo recente encomendado pelo banco BNP Paribas, francês e insuspeito, mostrou que nos últimos cinco anos a classe C brasileira cresceu e aumentou sua renda mais do que as classes A/B, enquanto que as classes D/E (não falam nas classes abaixo destas, que, no Brasil, como se sabe, chegam até às J/K) diminuíram de tamanho. Interpretações e reparos à vontade e ao gosto político de cada um, mas o inegável nos números é que houve ascensão social e está havendo distribuição de renda.
Com bolsas anti-fome, suspensão de impostos, piques de empregos formais, pacs e repacs e trancos e barrancos o governo está inserindo cada vez mais gente na vida econômica do pais - enquanto consola os de cima com favores também inéditos para o capital financeiro.
O que deve interessar a todo o mundo é que esta se criando uma coisa que até agora não existia no Brasil, um grande mercado consumidor interno. E o patrono desta transformação não é Karl Marx, é Henry Ford.
Ironia. Henry Ford, em matéria de política, era um reacionário execrável. Sua companhia tornou-se um exemplo de cupidez empresarial um pouco acima do normal. Uma das histórias pouco comentadas da Segunda Guerra Mundial é que a guerra já corria solta e o anti-semita Ford continuava fazendo negócios com a Alemanha nazista.
E não é preciso ir tão longe: foi notória a colaboração da Ford com a última ditadura militar na Argentina para proteger seus interesses e a ajuda da Ford e outras multinacionais estrangeiras à Operação Bandeirante, força auxiliar da repressão formada por empresários paulistas no Brasil dos anos cinzentos. Isso em contraste com a atividade - louvável - da Fundação Ford nos campos da educação e da cultura no continente.
Mas Henry Ford ficou na história porque criou o fordismo, um método revolucionário de produção de carros em série que mudou para sempre os costumes e a paisagem da América. E porque pagava bem os funcionário da sua linha de montagem, raciocinando que de nada adiantava inundar o país de carros sem um mercado de massa para comprá-los.
Ford e o fordismo não foram os únicos responsáveis pela industrialização acelerada dos Estados Unidos a partir dos anos vinte, claro, nem os empregados bem pagos da Ford foram os únicos protótipos da classe C consumidora que sustenta o capitalismo americano até hoje.
Mas o fordismo teve efeitos colaterais importantes. Propiciou o aparecimento de um movimento sindical forte, e consequentes vantagens iguais para outros trabalhadores. Democratizou o acesso a bens antes exclusivos de uma minoria. E ficou como exemplo de racionalidade econômica a ser seguida. No caso do Brasil dos últimos cinco anos, um pouco tarde.
Leia no www.clicrbs.com.br

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Excesso de médicos?

No último número do New England Journal of Medicine é discutida a criação de novas escolas médicas nos Estados Unidos. Nos últimos 30 anos não foram criadas novas escolas, pois havia a previsão de excesso de médicos no ano 2000. Mas isto não se confirmou, e há na realidade falta de médicos, especialmente em localidades pequenas. E lá há mais de 300,000 médicos.
Enfim, o contrário daqui, onde cada vez surgem mais médicos e ... ... bem, não sabemos se há falta ou excesso de médicos. O fato é que no Brasil as evidências de mercado, especialmente nas áreas básicas, apontam mais para falta do que excesso (salário crescente de pediatras, por ex.). Então, como explicar? Bem, nos EUA o cálculo de necessidade de médicos é 1 primary care physician para 1000 pacientes, veja bem, PCP: médico de atenção primária.
Bem, no Brasil quando se faz este cálculo se considera o total de médicos, algo bem diferente, do que PCPs em tempo integral. Não sei dizer se há dados para se analisar a nossa realidade, mas o fato é que as sociedades médicas, ao citar um número falso, usando como numerador o total de médicos, impedem que se possa desenvolver uma política consequente sobre o caso.

Minha casa minha vida

Interessante esta idéia de se usar aço para construir as casas, como publicado no Blog do Planalto. Resta saber se o modelo é funcional.
http://blog.planalto.gov.br/casas-de-aco-reforcam-programa-minha-casa-minha-vida/trackback/

Veja links sobre casas americanas de aço e pré-fabricadas:
http://www.americansteelspan.com/residential.html

Às vezes apenas como estrutura:
http://www.kodiaksteelhomes.com/models/

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Going Vegan

Todos os problemas éticos envolvidos na produção animal estão me direcionando a uma dieta e um estilo de vida vegan. Sem radicalismos, tentando romper de forma completa mas evitando frustrações.
Viver em um país desenvolvido ajuda, pois há mais opções. Mas ainda assim é duro. As primeiras dificuldades que sinto, e aqui estão todas as minhas transgressões nos primeiros dias, é o chocolate. Tenho estocado algum chocolate com leite e sou chocólatra... Enfim, fica aqui para todos: chocolate com soja é excelente, tem um ótimo no Brasil, da Olvebra, no exterior há outras opções, mas está difícil de resistir ao que há no estoque.

domingo, 21 de março de 2010

Pesquisa IBOPE em março de 2010

Intenção de voto espontânea:
Lula 20%; Dilma 14%; Serra 10%

Votaria em candidato apoiado por Lula: 53%
Sabem que Dilma é apoiada: 58%
não sabe: 39%
(cruzando as duas perguntas, Dilma teria 30%, o que confere, quando estes 39% forem informados, poderia subir 21%)

Serra abre 36 a 28% entre os eleitores com menor instrução, menor diferença entre os dois no nível superior (34 a 30%). De outro lado, Dilma está na frente entre quem ganha menos de 1 s.m. (32 a 28). Vence no Nordeste (39 a 25), empata no Sul (34 a 36) e perde no norte/centro-oeste(26 a 41), e sudeste (25 a 40).

quinta-feira, 11 de março de 2010

Politica eh realmente maluca

Enquanto no Brasil se critica muito as iniciativas de politica externa do atual governo, desde a opcao pelo sul no inicio, ate os mais recentes desdobramentos, aqui nos EUA ha quem inveje o Brasil.
Recentemente em um jornal vinculado ao Tea Party (the Liberty Voice) foi publicada uma critica a politica externa dos EUA, lembrando o disperdicio da dinheiro e oportunidades que as duas guerras atuais representam. Citam a China, que hoje se volta a Africa e faz negocios la. E citam a aproximacao comercial entre Brasil e Ira, como um exemplo de oportunidade comercial perdida pelos americanos. Tea party eh considerado um movimento de direita, mas com matizes muito complexas, variadas e contraditorias. Este movimento tem referencias individualistas e (neo-)liberais. Enfim, um retorno aos ideiais da Revolucao Americana.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Assassinos e Terroristas

Vivemos uma volta dos comandos de caça aos comunistas. Blogueiros se refestelam criticando os terroristas do período da ditadura militar, a Folha vem com a ditabranda e por aí vai. Esquecemos dos fatos. E os fatos são que a 1 de abril de 1964 um governo constitucional foi derrubado pela força por militares que quebraram a hierarquia (o seu comandante maior era o presidente constitucional). Após isto, diversos políticos eleitos foram cassados. Os violadores da ordem constitucional prometeram algo temporário, mas mentiram. Protestos pacíficos foram sufocados a bala, e brasileiros inocentes e desarmados, como Edson Luís e os 28 da Sexta-Feira Sangrenta foram mortos. Enfim, a sociedade foi proibida de se manifestar. A discórdia era punida com prisões, cassações, etc. Quando tal ocorre, quando as pessoas não podem dar sua opinião, uma reação comum é partir para a luta armada e atentados. Ocorreu aqui, como ocorreu na França ocupada, em Israel sob mandato inglês, na Guerra da Independência americana, na Tchetchênia, em Kronstadt, e em diversos lugares em que os detratores de hoje não cogitam terrorismo.
Como todo o governo autoritário, a reação não se restringiu aos limites da lei e incluiu ilegalidades, mesmo se considerados os regulamentos dos criminosos (os ditadores).
Esta é a verdade, e não se lembrar dela nos coloca em risco de novos golpes.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Lost

Estou com uma pulga atrás da orelha com relação a Lost. Porque este final está começando a lembrar Galáctica. Está começando, ao atropelo da sequência lógica da história (se é que isto poderia existir em Lost), um desfile de clichês religiosos. É o escolhido, o bem contra o mal, a perda da fé, o demo sedutor, o destino manifesto (quem não quer o filho é mal, quem era torturado é mal - embora isto seja mais plausível mesmo) e por aí vai. Todos elementos ao gosto do americano médio, cristão carola e conservador. É uma pena que as coisas sempre se resolvam pelo caminho mais fácil.

Cade a Sociedade Brasileira de Pediatria?

A proposta do senador Tasso Jereissati de criar uma gratificação desempenho escolar no bolsa família é a maior afronta aos direitos da criança dos últimos anos. Imagine-se a pressão sobre educadores e crianças? Imagine! Como podem querer que crianças possam melhorar a renda da família baseadas no desempenho escolar. Isto é matar a infância, é colocar o carro na frente dos bois, é quase equivalente ao trabalho infantil. Com o agravante que há outra vítima, o professor, que será pressionado de forma aguda. O desempenho escolar de uma criança, infelizmente, não depende só dela e de seu professor.
Imagino que ele propõe isto porque não gostou da idéia de ser vice de Serra, e está querendo se queimar.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Eliseu Felippe dos Santos

Mais um ato de gangsterismo na política gaúcha. Primeiro foi a morte de Marcelo Cavalcante, agora isto. Se é que não houve algum outro entre estes. Mais uma vez os envolvidos lamentarão o ocorrido, especularão sobre a violência, o acaso, o alinhamento dos planetas. A Zero Hora fará algumas manchetes "jornalísticas" e ninguém abordará o principal: o gangsterismo que está entranhado na política gaúcha.
As coisas estão cheirando mal ao sul do Mampituba, e não é a Borregard.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O debate da saúde nos EUA

Obama comete erro atrás de erro na questão da reforma da saúde, e chances existem de ele ficar em um mandato. Veja o caso de hoje, quando bateu boca com Mc Cain. John Mc Cain é muito bem visto pelos americanos, é alguém respeitado, e quem tenta desqualificá-lo corre o risco de se desqualificar.
O problema é que o americano médio, WASP, não quer a reforma, pois está satisfeito com o sistema atual. Este americano tem plano de saúde, tem atendimento de alta qualidade, com a melhor tecnologia disponível no mundo e não se acha na obrigação de pagar pela saúde de outros além das crianças pobres e idosos - como é atualmente (Medicaid, Medicare). Fala-se em cortar gastos, mas os gastos em excesso deste sistema de saúde é que permitem que ele incorpore rapidamente novas tecnologias. Além disto, financiam um setor importante da economia, a saúde, com suas indústrias, hospitais e outros que geram empregos e são parcela importante da economia. Na verdade, deste ponto de vista, um ponto que mereceria atenção seria tentar diminuir de alguma forma os valores dos processos, algo que fora proposto por GW Bush em 2004.
O problema hoje é outro, é o desemprego. Teoricamente, se não houvesse desemprego, todos os americanos teriam seu plano de saúde, o que combateria os dois problemas.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A polêmica sobre os arquivos da ditadura

O que mais preocupa nos recentes debates sobre a proposta de se apurar o ocorrida na ditadura é que há setores da imprensa e da opinião pública que iguala os crimes dos terroristas e dos torturadores (ou dos agentes do estado). Não há cabimento nisto. Havia uma ordem institucional, a democracia de 1946, que foi violentamente interrompida. Direitos políticos foram cassados, e manifestações pacíficas redundaram em um endurescimento do regime que deixou claro que o debate político tinha sérias restrições. Ou seja, grupos políticos se viram sem voz, sem a possibilidade de expressão, e isto leva ao terrorismo. Ainda hoje o Ocidente ainda reconhece isto, especialmente quando se refere aos terroristas da Tchetchênia. Poderia ser extendido o mesmo princípio aos palestinos, aos israelenses sob mandato inglês, à resistência francesa (a França tinha um governo oficial, em Vichy), aos terroristas russos do século XIX, e a diversos outros. Não são criminosos comuns e o crime original, no Brasil, foi o golpe militar.
De outro lado, os agentes do estado tinham de seguir a lei, forçosamente, pois mesmo naquele quadro de ditadura, ainda havia leis. E entre elas, a tortura não era legítima, o sequestro puro e simples também não, ficar preso sem acusação também e por aí vai. A assimetria existente é óbvia, e apenas o partidarismo pode justificar a miopia de quem não a identifica. Partidarismo, sim, pois estes setores são os que acham que os fins justificam os meios, e defenderam e defendem o golpe militar. São setores para os quais a democracia atual é um instrumento como qualquer outro, que pode ou não ser usado.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Arruda e 2010

É engraçado ver a política do Brasil de longe. Arruda foi preso, um líder do DEM-tucanato, líder de FHC no Senado, administrador exemplar conforme Veja, amiguinho de Serra das primeiras horas. E a culpa sobre o escândalo é de quem? Lula. Não, não é que a PF está perseguindo e plantou os reais na casa dele, não é isto. Apenas blogueiros de direita estão divulgando que agora, em seus estertores finais, Lula dava apoio a Arruda... A que nível chegamos...

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A pesquisa CNT / Sensus

Ja que a imprensa nao faz, resta a nos fazer. Onde cresceu Dilma? A pesquisa informa algo mais?
Bem, esta la:
  • Dilma ja lidera na resposta "unico que votaria": Dilma 17,9%, Serra 15,4%, Ciro 8,2% e Marina 6,9%.
  • Dilma perde nas respostas " poderia votar" e " nao conhece" - indica desinformacao ainda e lideranca de Serra baseada na inercia de 2002, 2006.
  • Avaliacao positiva de Lula e FHC em janeiro do ultimo ano, respectivamente, 71,4% e 26,7% - a estrategia da oposicao de colar a Dilma em Lula nao funciona.
  • Regioes em que Dilma aumentou: Nordeste (8,5%), Sudeste (5,3%) e Sul (8.6%). O Sul nao e muito visado nas suas viagens, entao isto nao explica.
  • Tambem aumentou nas capitais (7,3%), cidades medias (6,4%) e cidades pequenas (7,2%) - sinceramente, nas capitais. Se Dilma e Lula estao em Sao Paulo, nem da para saber! Alias, tambem ja foi informado em jornais, que nestas aparicoes eles dao convites aos eleitores certos (sindicatos etc.).
  • Tambem aumentou: nivel superior (9,8%) e mais de 20 SM (10%) - nao e o publico vitima de terrorismo de que fala o Senador Guerra! Estagnada nos mais pobres.

Assim, interpreto que a oposicao esta em comportamento suicida ao atribuir as viagens de Dilma o seu crescimento. Dilma nao e uma candidata petista tipica, era do PDT ate recentemente. Assim, penso que a intencao destas viagens nao e tanto fazer propaganda direta, mas criar um vinculo entre ela e a militancia. Enfim, as eleicoes ja tem um favorito: Dilma Roussef.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A ministra "em campanha"

Que a ministra esta sendo mais exposta que normalmente um ministro da Casa Civil é, isto é fato. Daí a atribuir a isto a sua subida na campanha há uma distância. E grande. Afinal, onde estão estes eleitores ? Certamente não estão no interior do Pernambuco, como quer o Senador Guerra. Não. O CNT/Sensus poderia muito bem explicar melhor o perfil do eleitorado que está se deslocando para Dilma, mas a magnitude do evento sugere que seja algo nacional, e não localizado em algumas cidades que ela visita.
Uma pista a pesquisa fornece: a popularidade de Lula passa 80%. A verdade é que não importa se a ministra está ou não em campanha, o fato é que nesta discussão ela está colando cada vez mais a sua foto na de Lula, e quanto mais se discute se ela está ou não em campanha, mais ela cresce, independente de ela realmente estar em campanha ou não. A oposição e a imprensa golpista (apoiaram 1964, inegável) martelam nesta tecla, mas para que? Para o STF demitir a ministra? Não, isto não ocorrerá ! Acho que sei para que... Finalmente eles viram o quão desastroso seria um governo Serra e querem nos livrar deste mal. Obrigado tucanos e PIG !!

O preço de Silas

Pessoas adoraram Silas no início do ano, agora vaiam. Silas foi contratado devido a campanha no Avai em 2009, que foi brilhante, biliscando a zona da Libertadores. Mas isto foi em final do primeiro turno e inicio do segundo, porque o Avaí no início do campeonato frequentou a zona de rebaixamento, sendo um dos mais sérios candidatos a cair. Isto quer dizer que Silas não é bom? Não, pelo contrário, mostra que ele não faz milagres. Silas precisa de tempo, o grupo mudou no meio de uma mini pré-temporada, e o elenco não é lá estas coisas. Enfim, paciência com Silas, e venceremos a Copa do Brasil.