quinta-feira, 29 de abril de 2010

Lula, personagem mais influente

Claro que o valor do ranking anual da revista Times é muito limitado, mas neste debate pré-eleitoral entre vermelhos e azuis, está se perdendo o real valor do acontecimento. Lula não foi a figura do ano, ou algo assim. Lula está entre os mais influentes no mundo, ou seja, o prêmio enfatiza o relevo da atual política externa brasileira, que com seus acertos e erros, é um Himalaia se comparada com a do governo anterior. O Brasil de Lula vem tendo uma atitude pro-ativa nos diversos foros internacionais, e está consolidando uma personalidade própria, com ênfase na mediação entre a potência central e o mundo periférico. O Brasil é o BRIC interlocutor, possivelmente mais que a China.
Enfim, saudamos o sinal e esperamos que a trajetória da política externa, em linhas gerais, se mantenha, independente do vencedor em outubro.

domingo, 25 de abril de 2010

Desafios de cortar produtos de origem animal

Mesmo em um país desenvolvido é uma tarefa difícil. Quando se sai para um restaurante com alguém que não tenha esta dieta, fica difícil. Muitos restaurantes tem alternativas vegetarianas mas com produtos lácteos. Às vezes com ovo. Apenas grandes supermercados em áreas afluentes tem produtos vegan. A pessoa temm que se virar. E divulgar, que sofrimento trás sofrimento, violência trás violência. Que a expansão desenfreada dos rebanhos é ruim para todos.

sábado, 24 de abril de 2010

O dilema de Ciro

A tendência é que o PSB barre a candidatura Ciro, e isto é muito ruim para o quadro eleitoral. Restarão Marina, Serra e Dilma. Marina ficará isolada, então teremos o famoso plebiscito. Apesar dos inegáveis avanços do governo Lula, um passo adiante em relação ao governo anterior, o PT hoje é o partido da burocracia sindical, um parasita bem-intencionado, mas um parasita. E Serra é o retrocesso. Enfim, péssimas escolhas.

Bird vê 'avanços dramáticos' em redução da pobreza


link: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/04/100420_pobreza_bird_brasil_ac_np.shtml

"A desigualdade permanece entre as mais altas do mundo, mas os avanços recentes mostram que nem sempre o desenvolvimento precisa vir acompanhado de desigualdade", diz o texto sobre o Brasil.
Segundo os indicadores do Bird, a taxa de pobreza do Brasil caiu de 41% no início da década de 90 para entre 33% e 34% em 1995. Depois de se manter nesse nível até 2003, a taxa de pobreza apresentou declínio constante, caindo para 25,6% em 2006.
O documento diz que as taxas de pobreza extrema seguiram padrão semelhante, caindo de 14,5% em 2003 para 9,1% em 2006.
"A redução do número de pessoas vivendo na pobreza foi acompanhada por um declínio na desigualdade de renda", diz o relatório.
 
Nota: menos pobres, mais consumo, mais escala, mais riqueza para todos (classe média principalmente) - O que mais gosto qdo vou a países desenvolvidos e ver pessoas pobres em restaurantes, em lojas, etc. Chegaremos lá - se não voltarmos a políticas pré-2003

quinta-feira, 15 de abril de 2010

L F Verissimo hoje

Um estudo recente encomendado pelo banco BNP Paribas, francês e insuspeito, mostrou que nos últimos cinco anos a classe C brasileira cresceu e aumentou sua renda mais do que as classes A/B, enquanto que as classes D/E (não falam nas classes abaixo destas, que, no Brasil, como se sabe, chegam até às J/K) diminuíram de tamanho. Interpretações e reparos à vontade e ao gosto político de cada um, mas o inegável nos números é que houve ascensão social e está havendo distribuição de renda.
Com bolsas anti-fome, suspensão de impostos, piques de empregos formais, pacs e repacs e trancos e barrancos o governo está inserindo cada vez mais gente na vida econômica do pais - enquanto consola os de cima com favores também inéditos para o capital financeiro.
O que deve interessar a todo o mundo é que esta se criando uma coisa que até agora não existia no Brasil, um grande mercado consumidor interno. E o patrono desta transformação não é Karl Marx, é Henry Ford.
Ironia. Henry Ford, em matéria de política, era um reacionário execrável. Sua companhia tornou-se um exemplo de cupidez empresarial um pouco acima do normal. Uma das histórias pouco comentadas da Segunda Guerra Mundial é que a guerra já corria solta e o anti-semita Ford continuava fazendo negócios com a Alemanha nazista.
E não é preciso ir tão longe: foi notória a colaboração da Ford com a última ditadura militar na Argentina para proteger seus interesses e a ajuda da Ford e outras multinacionais estrangeiras à Operação Bandeirante, força auxiliar da repressão formada por empresários paulistas no Brasil dos anos cinzentos. Isso em contraste com a atividade - louvável - da Fundação Ford nos campos da educação e da cultura no continente.
Mas Henry Ford ficou na história porque criou o fordismo, um método revolucionário de produção de carros em série que mudou para sempre os costumes e a paisagem da América. E porque pagava bem os funcionário da sua linha de montagem, raciocinando que de nada adiantava inundar o país de carros sem um mercado de massa para comprá-los.
Ford e o fordismo não foram os únicos responsáveis pela industrialização acelerada dos Estados Unidos a partir dos anos vinte, claro, nem os empregados bem pagos da Ford foram os únicos protótipos da classe C consumidora que sustenta o capitalismo americano até hoje.
Mas o fordismo teve efeitos colaterais importantes. Propiciou o aparecimento de um movimento sindical forte, e consequentes vantagens iguais para outros trabalhadores. Democratizou o acesso a bens antes exclusivos de uma minoria. E ficou como exemplo de racionalidade econômica a ser seguida. No caso do Brasil dos últimos cinco anos, um pouco tarde.
Leia no www.clicrbs.com.br

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Excesso de médicos?

No último número do New England Journal of Medicine é discutida a criação de novas escolas médicas nos Estados Unidos. Nos últimos 30 anos não foram criadas novas escolas, pois havia a previsão de excesso de médicos no ano 2000. Mas isto não se confirmou, e há na realidade falta de médicos, especialmente em localidades pequenas. E lá há mais de 300,000 médicos.
Enfim, o contrário daqui, onde cada vez surgem mais médicos e ... ... bem, não sabemos se há falta ou excesso de médicos. O fato é que no Brasil as evidências de mercado, especialmente nas áreas básicas, apontam mais para falta do que excesso (salário crescente de pediatras, por ex.). Então, como explicar? Bem, nos EUA o cálculo de necessidade de médicos é 1 primary care physician para 1000 pacientes, veja bem, PCP: médico de atenção primária.
Bem, no Brasil quando se faz este cálculo se considera o total de médicos, algo bem diferente, do que PCPs em tempo integral. Não sei dizer se há dados para se analisar a nossa realidade, mas o fato é que as sociedades médicas, ao citar um número falso, usando como numerador o total de médicos, impedem que se possa desenvolver uma política consequente sobre o caso.

Minha casa minha vida

Interessante esta idéia de se usar aço para construir as casas, como publicado no Blog do Planalto. Resta saber se o modelo é funcional.
http://blog.planalto.gov.br/casas-de-aco-reforcam-programa-minha-casa-minha-vida/trackback/

Veja links sobre casas americanas de aço e pré-fabricadas:
http://www.americansteelspan.com/residential.html

Às vezes apenas como estrutura:
http://www.kodiaksteelhomes.com/models/

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Going Vegan

Todos os problemas éticos envolvidos na produção animal estão me direcionando a uma dieta e um estilo de vida vegan. Sem radicalismos, tentando romper de forma completa mas evitando frustrações.
Viver em um país desenvolvido ajuda, pois há mais opções. Mas ainda assim é duro. As primeiras dificuldades que sinto, e aqui estão todas as minhas transgressões nos primeiros dias, é o chocolate. Tenho estocado algum chocolate com leite e sou chocólatra... Enfim, fica aqui para todos: chocolate com soja é excelente, tem um ótimo no Brasil, da Olvebra, no exterior há outras opções, mas está difícil de resistir ao que há no estoque.